Filosofia para Crianças

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segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Espelho Meu, Espelho Meu...

A sessão de Filosofia para Crianças do 4º ano, hoje, foi especial. Por vários motivos. Um foi o facto de Espelho nos ter acompanhado, outro foi o 3º ano juntar-se a nós...

hummm
vsst
hum?
vsst
ui!
vsst
ãahahãa
vsst
brrrrttt
vsst
hoooffff
vsst
bahhh
v s s t as páginas do livro foram chegando ao fim.

Motivos para que a sessão tenha sido especial foram-se apresentando:

A cara de espanto, absolutamente genuíno, da F. quando a menina desapareceu.
A atenção precisa da R. quando o reflexo já não faz o que a menina faz. 
O diálogo do I. com a obra, com a pergunta mais nevrálgica que se poderia fazer «-Qual é a verdadeira?» (I.).
O reconhecimento da F. da qualidade da pergunta do I.
A distinção, por parte do grupo, entre reflexo e macaquinho de imitação.
A distância entre o eu e a minha imagem, desvelada pelas palavras do Outro. 
(«A imagem que tenho da J. é que ela é uma pessoa amorosa.»J.R.) 
A descoberta do A. de que a imagem que o I. tem de si (A.), não é aquilo que o A. é.
...






 Grata a todos pela sessão, grata à querida Dina Adão, por me ter apresentado a Suzy Lee.






segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Como podemos achar que é bonito se nem sequer percebemos?


 «Alacazém/ Ziriguidum...» 

Alguns sons estranhos começaram a ouvir-se, até que a turma percebe que o poema fala de uma festa, onde há convidados familiares, mas também amigos. E o que cada um leva rima com o seu nome. Com a excepção do gato, que apenas «vem ao cheiro»!
As rimas são importantes porque tornam um poema mais engraçado, mas também há poemas sem rimas (M.). Se bem que... isso não faz sentido nenhum! (L.)

A polissemia da palavra sentido gerou uma certa confusão no grupo ("Os poemas sem rimas são sem sentido." vs "Não faz sentido haver poemas sem rimas.") da qual brotou a pergunta mais marcante da sessão (o que nos levou a percorrer as diferentes dimensões da experiência estética): Como podemos achar que é bonito se nem sequer percebemos? (J.)
Pelo olhar, pelo som ou por acharmos diferente foram algumas hipóteses de resposta que se fundamentaram em exemplos: 
os japoneses gostam de fado e não percebem português, nós não sabemos inglês e gostamos de músicas nessa língua.
Mas se descobrirmos que elas têm palavrões, deixamos de gostar. (várias vozes)

A comunidade de investigação concluiu: se percebermos uma coisa, podemos achá-la ainda mais bonita, mas podemos também deixar de gostar dela.


Sessão de Filosofia para Crianças, 4º ano
Grata pelas perguntas!