Ficam os registos da sessão de conclusão do Herbário de Perguntas, com o 2º ano.
Uma sessão incrível de produção de trabalho, de interacção, de entrosamento de elementos não habituais nas sessões, de produção de perguntas! Esta Comunidade de Investigação está sem dúvida de parabéns!
Ficam abaixo as perguntas favoritas de cada elemento, sendo que a votada como mais interessante foi «- Porque é que morre?», do D.
Na investigação da resposta, várias foram as causas de morte apontadas:
«porque é o ciclo da vida»;
«porque [a planta] não está na terra (onde devia estar)»;
«porque a Morte e o Coração é que decidem»;
«porque estamos doentes»;
«porque como o nosso corpo muda, se calhar o nosso sangue também muda e morremos».
«Será que tu és viva?»
«Será que tu gostavas de mudar de casa?»
«Porque é que és gira para mim?»
«Porque é que o dente de leão dá para pedir desejos?», S., 8 anos
«- Porque é que morre?», D. 8 anos
«- Dente de Leão, porque é que tens coisas brancas?», R e V., 8 anos
A pergunta da S., na última sessão (- As árvores são livres?),inspiraram
a sessão de hoje. Fomos buscar elementos naturais ao recreio e
começámos a realizar um herbário de perguntas. Estamos ainda a caminho, mas não resistimos a aqui deixar os aromas do cedro, a textura do dente-de-leão e o verde vibrantedas folhas na Primavera.
Adorariamos se o leitor nos ajudasse a identificar alguma das espécies que abaixo se apresentam. Esta
comunidade de investigação do 2º ano é MUITO curiosa e agradece!
Por agora estamos a
preparar as entrevistas à natureza e a estas plantas!
T.
- O que eu estou a escrever?; D. - Porquê [a baliza] é preta e branca?;
A. - A natureza é bonita?; L. - Há muitas pessoas que jogam basquete?;
S. - As árvores são livres? E resistentes?
Hoje foi dia de sair da sala e observar! E de distinguir entre as várias operações: dizer como é (A.); registar o que nos faz sentir; que ideias não presentes se tornam presentes e, por fim, dar um salto de trampolim!
Fica o guião da sessão e, na legenda da imagem, as perguntas resultantes.
O que é?
Descreve.
O que faz sentir?
O que faz lembrar?
Faz-me pensar nesta pergunta: __________________________________________________.
A pergunta votada como mais interessante foi - As árvores são livres? e será a o ponto de partida da nossa próxima sessão! Até lá!
Sessão de Filosofia para Crianças, 2º ano Obrigada pelo entusiasmo e emprenho de sempre! LSilva
Hoje, Dia Internacional da Biodiversidade, todos os participantes da comunidade de investigação do 2º ano sabiam pelo menos um animal que está em perigo de extinção: o lince ibérico, o panda, o koala, algumas águias, o chimpanzé, a baleia-azul...
Percebemos que muitos destes animais recolhem um grande carinho e apreço por parte dos alunos, por estarem em perigo, e mesmo por gostarem de alguma das suas características. É o caso do T., que adora o lince ibérico, do D. que adora macacos e da S. que adoraria ter uma baleia como animal de estimação.
Animais de estimação que tenho ou já tive e animais de estimação que gostava de ter.
O episódio «Animais de Estimação» de A Grande Descoberta permitiu-nos passar por vários pontos importantes ao longo destes 60'. As diferenças e semelhanças entre animais e animais humanos, e a analogia entre nós (filhos) e os animais de estimação que temos: afinal cuidamo-los, protegemo-los, tal como os pais cuidam e protegem os filhos.
A Grande Descoberta - Animais de Estimação
Mas foi sobretudo a pergunta final «Se houvesse outra coisa que fizesse tudo o que os animais humanos fazem, mas ainda melhor, fariam de nós animais de estimação?» que nos trouxe o auge da sessão.
Com um expressão tão carregada quão convicta o D. afirmou: «-Eu não gostava!»
Alguns elementos reagiram, por oposição, dizendo que gostariam porque «nós tratamos bem os animais de estimação.»
Mas a A. bem e depressa notou: «-Mas nem todas as pessoas tratam bem os animais...»
Eu insisti: imaginando que todas as pessoas tratam bem os animais, qual seria o problema de nós sermos um animal de estimação?
D. «-Há uma diferença muito grande - D. sublina a expressão - entre os animais e os humanos. Nós temos pele, olhos, boca e os animais também. Mas nós somos diferentes no coração.
Por exemplo, se eu decidir vou fazer um brinco, posso ir. Mas o animal não. Podemos por-lhe um brinco mas não foi ele que decidiu.»
D., 8 anos: «Gostava de ter mas não gostava de ser um animal de estimação.»
1. O que é mesmo necessário melhorar no nosso país? 2. Se eu fosse primeiro-ministro... O que é mesmo necessário melhorar no nosso país? «Desportos - as raparigas não jogam desporto nenhum, nem futebol, nem basquetebol.... Natureza - há poucas árvores, há lixo nas florestas... Alturas - as casas deviam ser mais baixas. Eu tenho medo porque as pessoas podem cair.»
D., 8 anos
«Não haver ladrões;
Não haver cerveja;
Comida saudável;
Não poluir.» A., 8 anos
«Crianças mais tempo na escola, para aprenderem mais;
Podermos vir mascarados para a escola;
As pessoas não poluirem o ambiente.» A., 9 anos
«Casas para os pobres,
Árvores para os animais;
Não roubar. T., 8 anos
Se eu fosse primeiro-ministro...
«Mandava:
Construir casas;
Que houvesse mais música (para as pessoas não ouvirem sempre a mesma);
Hoje vocês farão o blogue. Que mensagem deixariam à humanidade? O que é que é mesmo muito importante que as pessoas saibam, que as pessoas não se esqueçam? Que as pessoas morrem todas. Tomás!!!!!!!!!!!!!!!!!! As pessoas não se devem esquecer de acreditar em deus e em Jesus. Sónia Oliveira É importante saber quando nasceu o Jesus. É importante saber quando se criaram os dinossauros. Vitó As pessoas não se podem esquecer de variar as comidas, ser saudável, tratar da saúde, ser alegre, falar ou desabafar, de ser feliz e de ser esperto. Violetta
* «-Professora, já sei o que quer com a história. Quer saber "Nós devemos sempre ser nós mesmos ou não?"» A., 9 anos
* facilitadora - Quem concorda que é o corpo, que mais define quem somos?
A Soraia põe o dedo no ar.
L. - Hehe, só a Soraia.
A Soraia mantém o dedo no ar e aponta as suas razões.
* «É importante ouvirmos os outros porque senão podemos repetir uma coisa que ele já fez ou já disse.» D., 8 anos
Este grupo do 2º ano tem Filosofia para Crianças, semanalmente, desde o início deste ano lectivo, portanto há cerca de 8 meses.
E
se nos perguntamos qual o impacto desta hora de pensar, ele
evidencia-se em situação, em intervenções espontâneas como as acima
citadas.
As crianças são capazes de colocar um problema/ pergunta, de um modo mais rápido; comprometem-se publicamente com uma tese e apresentam justificações para tal e percebem que o outro contribui para o avanço, de uma investigação ou de si próprio.
O Manuel sugeriu «um concurso de músicas» mas ele próprio esqueceu-se de fazer a música em casa para mostrar hoje...
- Então, criamo-la agora!
Dez minutos e... (Por favor, caro leitor, leia cantando!)
O Único Amigo
És amigo és o único o único amigalhaço. Engraçado, sim, sim, sim és o meu único braço direito. Não me interessa se és chinês ou então irlandês. Brincamos quase sempre mas à noite sonho contigo. Quando estás longe tenho saudades tuas. És mais velho do que eu mas conhecemo-nos no infantário.
Depois de visualizarmos o episódio Os Sentidos, de A Grande Descoberta, o 2º ano foi convidado a tentar responder a algumas questões colocadas:
O que são os sentidos? Qual a relação entre os sentidos e as emoções? Podemos confiar nos sentidos? Qual o melhor sentido?
Na sessão seguinte demos atenção a um sentido específico: o olfacto.
Cheirámos, de olhos fechados, quatro cheiros mistério e assentámos na folha o(s) conceito(s) que nos fizeram lembrar.
(Por curiosidade, desfizemos os enigmas: café, cominhos, erva-doce e perfume aromatizaram os envelopes numerados de um a quatro.)
A partir desses conceitos trazidos da memória ao papel saltámos para a criação de histórias.
Ficam as produções:
A Pessoa
Era uma vez uma pessoa que punha umas sementes. Numa manhã a pessoa bebeu um café e tocaram à porta: - A senhora quer um pimento? E a senhora disse: - Não! Ou talvez sim... E deram pimento à senhora. E chegou ao quarto e bateu com a cabeça na parede. E bateram à porta outra vez: apareceu o gato das botas todo com perfume e diz: - quer um perfume? E a senhora responde: Sim!
Manuel, 2º ano
Os Cheiros
A menina fez café. E uma salada com orégãos. E depois depois foi fazer um bolo de canela. E foi brincar para a terra. E foi tirar o verniz com álcool e foi passar perfume de flor.
Ana, 2º ano
O olfato
Era uma vez um menino chamado João mas os amigos chamavam-lhe Licas. O Licas gostava muito de café, desde pequenino.
Gostava de ir à quinta onde estavam hortelãs, tomates, etc.
Quando foi a Páscoa os tios deram-lhe amêndoas de chocolate vermelhas, cor-de-rosa, verdes, amarelas, cor de laranja, azuis e brancas.
Comeu algodão doce ao fim de semana e na segunda feira foi ao dentista.
Rodrigo, 2º ano
Os Cheiros
Era uma vez uma senhora que queria cheirar tudo.
Se um cheirava um bolo ela também queria cheirar e se ela queria cheirar alguma coisa, tinha que cheirar.
Um dia ela foi às compras e cheirou umas flores e quis comprar, mas custava 4€ e ela só tinha 3€. Ela foi a outra loja à procura de outro cheiro e cheirou a álcool e ela quando encontrou ela ficou chocada porque o cheiro era dum cão. Foi a casa fazer um perfume de rosa, foi a casa de uma amiga e encontrou pimenta. Foi a casa e encontrou sabonete e algodão e entrou numa escola e a professora perguntou o que estava a fazer e ela disse que estava a fazer um perfume de rosa e a professora ajudou.
Marlene, 2º ano
A História dos Cheiros
Era uma vez uma hortelã que passeava. As cerejas viram-na e foram brincar com ela.
O chá estava a fazer perfume de limão e estava a ajudá-la.
As cerejas o limão o chá e a hortelã fizeram o mundo com o cheiro. A hortelã ficou com o sabor de limão e o limão com sabor de hortelã. As cerejas ficaram com cheiro de chá e o chá com cerejas.
E ficaram felizes para sempre.
António, 2º ano
Este post refere-se a duas sessões de 60', os nomes dos participantes estão propositadamente ficcionados e os textos são totalmente originais, corrigindo eu apenas os erros de ortografia.
Depois de uma chuva de ideias, a partir de Diferença, o grupo 4º A e 3º D construiu e nomeou constelações de os conceitos.
A Rauláxia, a Via Láctea, a Alexláxia ou a Philoláxia são alguns exemplos resultantes. Houve também constelações que foi possível compor por nada terem que ver com diferença. É o exemplo da Mestre Xiao Ling - {Banana # Melancia # Cana # Padeiro}.